quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dia 11, Aljezur - Sagres, 64 Km





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Não se tomou o pequeno-almoço devido à hora tão madrugadora. Eram supostos terem aparecido todos às 6:00 para tirarem as bicicletas da garagem mas como já vinha sendo hábito o Miguel começou o dia com razões para reclamar. Antes de iniciar o último dia da travessia tomou-se o pequeno-almoço num café ainda em Aljezur, já conhecido do Filipe e do Miranda, por lá terem parado no Tróia – Sagres 2007. A etapa começou com a subida até ao Castelo, era a primeira de muitas subidas do dia. Não houve marco geodésico que não se tivesse de visitar. As vistas de mar a partir das falésias eram fantásticas, o que compensava o declive das subidas e o elevado grau técnico do percurso. A seguir à visita de cada marco, seguia-se sempre uma descida até à praia. Esta etapa caracterizou-se por oferecer uns single tracks bastante bonitos, apesar de algumas partes terem sido feitas de bicicleta à mão, não valia a pena arriscar, o objectivo estava tão próximo que seria uma desilusão enorme não o conseguir atingir devido a algum excesso. As descidas das falésias foram bastante exigentes para as bicicletas, já todas apresentavam mazelas mas as mais evidentes era a do Filipe que tinha um rádio partido e a do Miranda já tinha menos 2 raios, ambos na roda traseira, muito provavelmente devido ao peso dos alforges. Na última praia, antes do trilho abandonar a zona da costa vicentina, aproveitou-se para fazer um pequeno reforço alimentar. Depois disso começou-se a divergir um pouco para o interior em direcção a um parque eólico, obviamente para visitar mais um marco geodésico. A partir dali foi pedalar já com a fortaleza de Sagres à vista. Já com a meta à vista volta a ocorrer um furo na bicicleta do Filipe, talvez por já não estar a usar câmara-de-ar de gel. Desta vez tratava-se mesmo de um furo lento e como a meta era já ali, não havia necessidade de reparar a avaria mas foi necessário andar a dar ar de 20 em 20 minutos, ou talvez nem tanto. O Sérgio era defensor da teoria que se tratava de um castigo por o Filipe andar na bicicleta como se de um sofá se tratasse. Na verdade, ele tinha era inveja de não andar numa suspensão total. O conforto oferecido por este tipo de bicicleta é realmente muito superior às semi-rígidas. De referir no entanto, no caso da bicicleta do Filipe, aquilo mais parece uma suspensão de uma mota, com os quilos adicionais incluídos. Chegou-se à praia da Baleeira à hora de almoço. Era o fim com sucesso de uma grande aventura que permitiu conhecer melhor Portugal e que deixou umas histórias interessantes para contar.

Ligação a Portimão:
Após a chegada a Sagres e restabelecidas as forças ainda faltava ir até Portimão. Pois era lá que se iria dormir, em casa do Sérgio e que estava combinado o encontro com a boleia conseguida pelo Miguel para o regresso até ao norte. Antes de partir reparou-se o furo do Filipe e almoçou-se no restaurante da praia da Baleeira. Inicialmente o vento contra foi um obstáculo duro de vencer mas mesmo assim manteve-se sempre um bom ritmo de pedalada. À chegada a Portimão seguiu-se uma longa sessão de compras pelo hipermercado da zona. O jantar foi cozinhado mais uma vez pelo Miguel. A sobremesa a pedido do Filipe foi melancia. O dia terminou com uma volta por uma zona turística de Portimão onde se aproveitou para falar da travessia.

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