O dia começou às 5:00. O Miranda obrigou toda a gente a madrugar, incluindo a família da casa onde se ficou alojado. Tomou-se o pequeno-almoço, trocaram-se algumas palavras com o proprietário da quinta, efectuaram-se as despedidas e seguiu-se viagem, em direcção às muitas cancelas que se seguiram. Todas com uma forma diferente de abrir e fechar mas nenhuma tão prática como um passo americano. Foram imensos kms a abrir e fechar cancelas, por meio de herdades, onde havia cavalos, vacas, touros, coelhos, perdizes e cães raivosos que não apreciavam a presença de ciclistas, por várias vezes obrigaram a acelerar a pedalada para lhes fugir. A primeira paragem do dia para reabastecimento de água foi na Quinta de Santo António, onde se pediu e obteve autorização para encher os bidões com água da fonte. A partir dali os kms foram-se somando uns atrás dos outros sem serem avistadas pessoas. Quando se encontraram as primeiras casas ao fim de muitos kms, parou-se para perguntar quanto faltava para Jerumanha, a resposta foi animadora, cerca de 10 a 12 kms. O quintal da casa estava repleto de laranjeiras carregadas de fruto, foi comer até não poder mais e ainda levar umas quantas laranjas para a viagem, tudo com autorização do dono. Andados os 10 kms avistou-se pela primeira vez na travessia o Guadiana onde estava imenso gado a matar a sede nas margens mas da povoação nem sinal. Depois de mais uns kms encontrou-se uma casa isolada com pessoas, as quais informaram que para Jerumanha faltavam mais 10 ou 12 kms. Não estranhamos, uma das características do Alentejanos é ser tudo já ali, talvez por estarem habituados a percorrerem grandes distâncias em terrenos desabitados. A situação estava a ficar uma “seca”, os cantis estavam sem água e a temperatura estava bem acima dos 30 graus. Para agravar a situação o trilho desaguou no Guadiana. Após muito improviso, alguns saltos de vedações com a bicicleta às costas, para evitar os portões fechados a cadeado que impedem a passagem pelos caminhos supostamente públicos, chegou-se a Jerumanha por volta das 14:30. Abancamos no restaurante da terra, para beber água, comer e fugir o calor que se vazia sentir na rua. Depois logo se havia de arranjar coragem para sair do fresco que estava na sala de jantar do restaurante. E assim foi, após o reabastecimento, foi-se à procura de uma sombra para a já habitual sesta. Nada melhor que um castelo abandonado. Cada um escolheu uma sombra para um breve descanso. Até a porta do castelo foi fechada, na tentativa de evitar a entrada de intrusos, tentativa essa que foi gorada, um habitante local achou que devia ir averiguar se se tratava de uma qualquer invasão e entrou por ali a dentro sem pedir licença. Só não perturbou o tão merecido descanso por que já se estava de partida em direcção a Monsaraz. À chegada a Monsaraz os kms acumulados do dia rondavam os 150 e ainda faltava a subida até ao castelo pelo antigo caminho romano. Chegou-se ao castelo ao pôr-do-sol, foi uma correria para arranjar alojamento e local onde jantar. A estadia foi na casa paroquial que está ao cuidado de uma Sra. que nos recebeu de forma muito simpática, o local merecia uma estadia mais prolongada mas por esta vez deu apenas para uma visita rápida pelo castelo já depois de jantar.
sábado, 21 de junho de 2008
Dia 7, Alegrete - Monsarraz, 145 km
O dia começou às 5:00. O Miranda obrigou toda a gente a madrugar, incluindo a família da casa onde se ficou alojado. Tomou-se o pequeno-almoço, trocaram-se algumas palavras com o proprietário da quinta, efectuaram-se as despedidas e seguiu-se viagem, em direcção às muitas cancelas que se seguiram. Todas com uma forma diferente de abrir e fechar mas nenhuma tão prática como um passo americano. Foram imensos kms a abrir e fechar cancelas, por meio de herdades, onde havia cavalos, vacas, touros, coelhos, perdizes e cães raivosos que não apreciavam a presença de ciclistas, por várias vezes obrigaram a acelerar a pedalada para lhes fugir. A primeira paragem do dia para reabastecimento de água foi na Quinta de Santo António, onde se pediu e obteve autorização para encher os bidões com água da fonte. A partir dali os kms foram-se somando uns atrás dos outros sem serem avistadas pessoas. Quando se encontraram as primeiras casas ao fim de muitos kms, parou-se para perguntar quanto faltava para Jerumanha, a resposta foi animadora, cerca de 10 a 12 kms. O quintal da casa estava repleto de laranjeiras carregadas de fruto, foi comer até não poder mais e ainda levar umas quantas laranjas para a viagem, tudo com autorização do dono. Andados os 10 kms avistou-se pela primeira vez na travessia o Guadiana onde estava imenso gado a matar a sede nas margens mas da povoação nem sinal. Depois de mais uns kms encontrou-se uma casa isolada com pessoas, as quais informaram que para Jerumanha faltavam mais 10 ou 12 kms. Não estranhamos, uma das características do Alentejanos é ser tudo já ali, talvez por estarem habituados a percorrerem grandes distâncias em terrenos desabitados. A situação estava a ficar uma “seca”, os cantis estavam sem água e a temperatura estava bem acima dos 30 graus. Para agravar a situação o trilho desaguou no Guadiana. Após muito improviso, alguns saltos de vedações com a bicicleta às costas, para evitar os portões fechados a cadeado que impedem a passagem pelos caminhos supostamente públicos, chegou-se a Jerumanha por volta das 14:30. Abancamos no restaurante da terra, para beber água, comer e fugir o calor que se vazia sentir na rua. Depois logo se havia de arranjar coragem para sair do fresco que estava na sala de jantar do restaurante. E assim foi, após o reabastecimento, foi-se à procura de uma sombra para a já habitual sesta. Nada melhor que um castelo abandonado. Cada um escolheu uma sombra para um breve descanso. Até a porta do castelo foi fechada, na tentativa de evitar a entrada de intrusos, tentativa essa que foi gorada, um habitante local achou que devia ir averiguar se se tratava de uma qualquer invasão e entrou por ali a dentro sem pedir licença. Só não perturbou o tão merecido descanso por que já se estava de partida em direcção a Monsaraz. À chegada a Monsaraz os kms acumulados do dia rondavam os 150 e ainda faltava a subida até ao castelo pelo antigo caminho romano. Chegou-se ao castelo ao pôr-do-sol, foi uma correria para arranjar alojamento e local onde jantar. A estadia foi na casa paroquial que está ao cuidado de uma Sra. que nos recebeu de forma muito simpática, o local merecia uma estadia mais prolongada mas por esta vez deu apenas para uma visita rápida pelo castelo já depois de jantar.
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