domingo, 22 de junho de 2008

Dia 8, Monsarraz - Serpa, 113 Km





Mais Fotos

Partida de Monsaraz ao nascer do sol. A etapa começou com a descida do castelo pela estrada convencional que nos levou à ponte sobre o rio Guadiana, onde alguém ouve um barulho vindo da bicicleta do Filipe. Disse ele: “É um furo lento”. Puro engano, só teve tempo de desmontar da bicicleta e confirmar que o pneu traseiro já estava sem ar. Lá ia parte do tempo extra conseguido à custa de um início de dia madrugador. Ficou-se a reparar a avaria em cima da ponte com uma vista fantástica sobre o rio. Após algumas hesitações optou-se por usar a única câmara-de-ar nova que ainda restava. A partir dali não podia haver mais furos, pelo menos até se arranjarem mais câmaras-de-ar. Em Mourão, o Miranda não aguenta mais a fome e entrou num café da terra que apesar de ter bastantes pessoas à porta não apresentava grande quantidade nem qualidade de oferta do quer que fosse para matar a fome àquela hora da manhã. Os restantes aventureiros preferiram ficar na rua à espera, ou no caso do Sérgio ir fazer uma breve visita ao castelo. Logo que se voltaram todos a reunir, partiu-se à procura do trilho mas só após andar a saltar cercas, andar pelo meio de herdades, ora com plantações de oliveiras, ora com plantações de vinhas é que se conseguiu encontrar o trilho. Mais uma vez, somaram-se os kms em herdades com muito gado a pastar, só interrompidos pelas travessias das ribeiras que com o Alqueva se transformaram em rios mas que com algum cuidado sempre foram dando para ultrapassar sem problemas. A paragem seguinte foi uns kms mais à frente na esplanada de um café onde se aproveitou para reforçar as energias. A caminho de Pias, a paisagem alterou-se um pouco, viram-se alguns campos de milho e girassol, agora possíveis naquelas paragens graças à água fornecida pelo Alqueva. Quando se chegou a Pias, já a hora de almoço ia adiantada e o calor apertava, a temperatura andava bem acima dos 30 graus. Não admira que o fresco do restaurante tenha sido o melhor prémio que se podia ter ganho naquela altura. Depois de almoço aproveitou-se para descansar nuns bancos à sombra de umas árvores no mesmo largo onde está situado o restaurante. Só depois se percebeu que o mini jardim é onde os habitantes locais costumam passar a tarde domingo a jogar às cartas e que a nossa presença estava a perturbar a vida social da aldeia mas foi por uma boa causa e também não se teve lá assim tanto tempo. O Miranda mais uma vez encarregou-se de por os aventureiros a pedalar antes que os músculos se habituassem ao descanso. Antes ainda teve de se ir lutar de igual para igual com as vespas que insistiam em querer água da mesma fonte do que nós. Lá se conseguiu vencer mais essa dura batalha e tomar o caminho em direcção a Serpa. Até lá foi sempre a rolar, chegou-se à residencial Serpinia ainda relativamente cedo, o atendimento pela dona da residencial foi bastante atencioso. O Filipe ainda teve tempo para dar umas braçadas na piscina da residencial. O Sérgio nesse dia nem quis ir jantar, ficou no quarto a dormir enquanto os restantes aventureiros foram jantar a um restaurante que ainda obrigou a uma pequena caminhada para lá chegar.

Sem comentários: